Por AFP - Agence France Presse
'Vou sair daqui': Cidade francesa espera que as águas da enchente baixem
Na quinta-feira, os moradores de uma cidade francesa inundada esperaram que a água escoasse de suas ruas depois que um rio próximo não subiu tanto quanto o esperado.
A depressão Herminia no início desta semana desencadeou chuvas no noroeste da França, causando algumas das piores inundações em décadas.
Cercada por dois rios, um canal e pântanos, várias partes da cidade de Redon, na Bretanha, estão inundadas desde quarta-feira.
O nível do rio Vilaine na manhã de quinta-feira estava um pouco abaixo do nível das enchentes históricas de 2001, informou a agência oficial de alerta Vigicrues.
Esperava-se que o rio subisse ainda mais no final do dia e na sexta-feira, mas na noite de quinta-feira ele havia permanecido mais ou menos no mesmo nível, de acordo com o site da agência.
“As coisas estão se acalmando”, disse o funcionário local Amaury de Saint-Quentin.
O prefeito de Redon, Pascal Duchene, havia dito no início do dia que a cidade estava se preparando para um “pico” nos próximos dias e estimou que 750 moradores poderiam ser afetados.
A Cruz Vermelha montou um abrigo de emergência para 50 pessoas em um centro esportivo local, com camas de campanha enfileiradas e mesas e cadeiras colocadas sob quadras de basquete.
Um segundo abrigo estava sendo montado para 200 pessoas, disse um funcionário da Cruz Vermelha.
Adeline Bernard, 29 anos, foi uma das primeiras pessoas a encontrar refúgio no centro esportivo.
“Quando vi que a eletricidade seria cortada e que a água estava subindo, pensei: 'É isso, vou embora daqui'”, disse ela.
- 'Um pouco assustador'
Isabelle Rousselet, 66 anos, disse que estava feliz por estar morando em uma parte mais alta da cidade.
“Vai demorar um pouco para que tudo isso desapareça. É um pouco assustador”, disse ela.
Em uma parte inundada de Redon, um morador atravessou a água do lado de fora de sua casa usando botas de borracha, enquanto outro cambaleou sobre tábuas de madeira equilibradas em blocos de concreto em uma esquina.
Na cidade vizinha de Saint-Nicolas-de-Redon, do outro lado de uma ponte inundada, a polícia evacuou 300 pessoas.
No total, cerca de 1.600 pessoas foram forçadas a deixar suas casas na região.
O sindicato dos agricultores FDSEA disse que alguns estábulos foram inundados com até um metro de água e que os cereais plantados no outono foram “afogados”.
Na quinta-feira, o presidente Emmanuel Macron garantiu ao X sua “solidariedade com os moradores do oeste da França”.
Os cientistas demonstraram que a mudança climática causada pela queima de combustíveis fósseis pelos seres humanos está tornando as tempestades mais severas, sobrecarregadas pelo aquecimento dos oceanos.
O impacto da Hermínia nas regiões do noroeste da França foi exacerbado pelo fato de que o solo já estava encharcado pelas chuvas anteriores.
Mais chuvas se seguiram na quarta-feira.
bur-vid-mas/ah/sbk
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