![O rio Amazonas em Leticia com curso bem baixo, Colômbia](https://static.wixstatic.com/media/a63056_d7f4240eb945410eb200d6451e924b01~mv2.jpeg/v1/fill/w_768,h_512,al_c,q_85,enc_auto/a63056_d7f4240eb945410eb200d6451e924b01~mv2.jpeg)
Por AFP - Agence France Presse
Seca reduz rio Amazonas na Colômbia em até 90%: relatório
O rio Amazonas reduziu seus níveis na Colômbia em até 90%, informou uma agência governamental na quinta-feira, enquanto a América do Sul enfrenta uma seca severa e generalizada.
O rio - o maior do mundo em volume e que flui por partes do Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname - foi duramente atingido pela seca que fez com que incêndios florestais se espalhassem pelo continente.
“O nível da água diminuiu entre 80% e 90% nos últimos três meses devido à seca causada pela mudança climática”, disse a Unidade Nacional de Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) da Colômbia em um comunicado.
A falta de água afetou particularmente as comunidades indígenas que dependem do rio para alimentação e transporte.
Nos últimos dias, a AFP observou barcos encalhados em Leticia, capital do estado do Amazonas, no sul do país, com grandes extensões de terra expostas aos baixos níveis de água.
A cidade, próxima às fronteiras com o Brasil e o Peru, é um posto comercial crítico ao longo do rio Amazonas.
Seus moradores dizem que esta é a pior seca em pelo menos meio século.
O Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus, da Europa, disse esta semana que a atividade de incêndios florestais na América do Sul este ano tem sido “nitidamente acima da média”, especialmente na região amazônica e no Pantanal.
Os incêndios estão ocorrendo na Colômbia, Peru, Equador, Brasil e Bolívia.
O Equador, que depende da energia hidrelétrica, está enfrentando uma grave escassez de energia devido à pior seca das últimas seis décadas e implementou apagões contínuos e colocou 20 de suas 24 províncias em alerta vermelho.
No Brasil, grossas nuvens de fumaça encobriram as principais cidades, como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com a fumaça às vezes atravessando a fronteira com a Argentina e o Uruguai.
A capital da Colômbia, Bogotá, está racionando a água municipal há meses.
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