Por AFP - Agence France Presse
Líderes alemães e dinamarqueses se reúnem após as advertências de Trump sobre a Groenlândia
O chanceler alemão Olaf Scholz e a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen se reuniram na terça-feira em uma demonstração de unidade depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a enfatizar seus projetos sobre a Groenlândia.
Trump sinalizou seu desejo de que a ilha ártica, que se acredita conter grandes reservas inexploradas de minerais e petróleo, se torne parte dos Estados Unidos.
Nem Scholz nem Frederiksen mencionaram diretamente Trump ou o território autônomo dinamarquês durante seus comentários à mídia em Berlim.
Mas Scholz, depois de falar sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, enfatizou que “as fronteiras não devem ser movidas pela força” e acrescentou a frase em inglês: “To whom it may concern”.
O chanceler disse que “os tempos em que vivemos são desafiadores” e pediu uma Europa e uma OTAN fortes, enfatizando também que “a Dinamarca e a Alemanha são parceiros fortes e amigos íntimos”.
“Vemos o mundo de forma muito semelhante”, disse ele.
“Sabemos como a política de segurança é importante nestes tempos e como a União Europeia é valiosa para nós.”
Frederiksen disse: “A Europa, nosso continente, baseia-se na ideia de que a cooperação, e não o confronto, levará à paz, ao progresso e à prosperidade - e nós honraremos essa ideia.”
Trump vem falando sobre um possível acordo com a Groenlândia há anos e disse a repórteres no sábado que acreditava que os EUA “conseguiriam a Groenlândia”, que ele insistiu que seu país precisa para a “segurança internacional”.
A ilha fica entre os Estados Unidos e a Europa, uma região de valor estratégico crescente à medida que o derretimento do gelo do mar Ártico abre novas rotas de navegação.
Os líderes nórdicos se reuniram no fim de semana e reiteraram sua unidade em questões de defesa, disse anteriormente o primeiro-ministro da Dinamarca, acrescentando que todos eles “compartilhavam a gravidade da situação”.
Scholz acrescentou sobre a guerra da Ucrânia que a Europa e os Estados Unidos concordam que o conflito de quase três anos deve terminar - mas não nos termos de Moscou.
Concordamos com nossos parceiros em Washington que esta guerra deve terminar, mas não em uma paz ditada”, disse Scholz, acrescentando que o presidente russo Vladimir Putin ‘deve deixar claro que está enviando seus soldados para uma batalha sem sentido’.
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