Parque eólico (Foto de Zbynek Burival no Unsplash)
Por AFP - Agence France Presse
Investimentos em energia de baixo carbono atingem um recorde de US$ 2,1 trilhões até 2024: Relatório
O investimento global na transição para a energia de baixa emissão cresceu para um recorde de US$ 2,1 trilhões no ano passado, de acordo com análise da BloombergNEF, mas é necessário muito mais para cumprir as metas climáticas internacionais.
O investimento em todo o mundo aumentou 11% em relação a 2023, com a China respondendo por dois terços do aumento, superando em muito os gastos na Europa e nos Estados Unidos, de acordo com o relatório Energy Transition Investment Trends 2025.
Veículos elétricos, energia renovável e redes de energia atraíram investimentos recordes no ano passado, de acordo com a BNEF.
“Nosso relatório mostra o crescimento que vimos na transição energética nos últimos anos, apesar da incerteza política e das altas taxas de juros”, disse Albert Cheung, vice-diretor da BNEF, acrescentando que muito mais precisa ser feito.
A BNEF constatou que o investimento global na transição energética precisaria ser, em média, de US$ 5,6 trilhões por ano de 2025 a 2030 para que o mundo descarbonizasse com rapidez suficiente para cumprir as metas do Acordo Climático de Paris.
Nesse sentido, a China é o país mais próximo de estar no caminho certo, disse a BNEF, seguida pela Alemanha e pelo Reino Unido.
A China foi responsável por US$ 818 bilhões em investimentos no ano passado, um aumento de 20% em relação a 2023, de acordo com a análise, com todos os setores analisados “mostrando um crescimento sólido”.
O investimento total do país foi maior do que o dos EUA, da UE e do Reino Unido juntos, disse a BNEF.
No ano passado, a Agência Internacional de Energia afirmou que quase US$ 2 trilhões em investimentos estavam sendo destinados a projetos de energia limpa todos os anos, quase o dobro do valor gasto em suprimentos de combustíveis fósseis.
Seu relatório World Energy Outlook afirmou que mais da metade da eletricidade do mundo será gerada por fontes de baixa emissão antes de 2030, com a demanda por petróleo, gás e carvão ainda projetada para atingir o pico até o final da década.
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