![Primeira publicação jo jornal com publicação falando sobre o frio e a desinformação em 19 de janeiro de 2024](https://static.wixstatic.com/media/a63056_c3b8624cfc7a45e2b4d84e603bd55396~mv2.jpeg/v1/fill/w_750,h_530,al_c,q_85,enc_auto/a63056_c3b8624cfc7a45e2b4d84e603bd55396~mv2.jpeg)
De panelas e fotografias de alimentos à um jornal on-line
Há exatamente um ano, embarquei em uma aventura que é uma das mais importantes da minha vida.
Na foto, o primeiro artigo no jornal, em janeiro, toda a esperança, a positividade e o desejo de fazer algo novo estavam no ar.
Tudo começou com outro blog, o de culinária, o Ana Cunha-Busch, que tinha mais a ver com o que eu estava fazendo na época. Eu estava trabalhando como chef particular para a Take a Chef Home na Alemanha, indo de casa em casa, onde quer que me recrutassem, para um pequeno jantar, na maioria das vezes, e levando comigo meu jeito brasileiro de ser, muito bom em arrumar mesas. Eles não contratavam apenas uma cozinheira, mas o ambiente bonito, acolhedor e charmoso que aprendi na Alemanha, principalmente com os brasileiros, para citar um dos meus mentores, Pixu. Uma das pessoas mais sensíveis e inspiradoras que já conheci. Por causa de sua forte influência, não fiquei doente mentalmente falando (nunca tive COVID, sim, sou esquisita). No ano em que ficamos em quarentena, criei um comércio eletrônico com muitos produtos de artesães de todo o mundo, que foram especialmente afetados pela pandemia. O comércio eletrônico durou três anos e, quando a normalidade voltou, fechei o negócio, pois não fazia mais sentido. Como fotógrafa de alimentos, também houve uma paralisia fatal para mim, eu tinha dois clientes, e ambos os restaurantes fecharam.
Mas o que os blogs e o comércio eletrônico têm a ver com este jornal? Tudo. Eu sou uma velhinha, não nasci com um celular na mão. A internet, os programas, os aplicativos, as mídias sociais e todo esse universo não faziam parte da minha vida. Eu sempre escrevi, escrevo como ghostwriter há muitos anos, mas era só isso: o programa Word e eu ainda lutei com ele várias vezes, meu Deus, são tantas possibilidades... Sou da época em que era preciso fazer um curso de datilografia, e eu era uma péssima datilógrafa, para ser sincera.
O contato com esse mundo me deu coragem para alçar voos mais altos. Chorei muito porque demorava horas para fazer alguma coisa, web designers que eram bandidos, “ajudantes” de mídia social que não me entendiam (como se eu os entendesse), que não entendiam o que eu queria, mas eu tinha ao meu lado o fato de já escrever e fotografar. Foi assim que comecei o Blog de Gastronomia, que quase foi roubado por um mau profissional.
O blog me deu muita alegria e ainda dá, porque não são apenas receitas, mas a história da comida, combinada com belas fotos, sugestões e dicas que aprendi em cursos de culinária/gastronomia e na vida, tudo de graça, sem propaganda, , sou eu e o leitor, como um livro.
Toda essa experiência me deu coragem para pensar em fazer algo diferente do que eu havia feito antes: um jornal sobre sustentabilidade, ecologia e mudanças climáticas.
Eu estava no Brasil em julho de 2023, e minha filha tinha acabado de ficar viúva por causa de um trágico acidente, estava dormindo muito com remédios fortes, e enquanto eu estava lá, cuidando dela, continuei os estudos que tinha começado alguns meses antes, exatamente dois anos atrás. Aprendi muito sobre o assunto, o mais próximo que cheguei disso, foi ter sido uma excelente aluna de graduação em biologia, que não terminei, mas me deu uma boa base, mas estamos falando de 300 anos atrás.
Brincadeiras à parte, estando no Brasil, comecei a me interessar pelos brasileiros que já estavam fazendo muito pelo meio ambiente, escondidos em nosso país continental, mas sempre com muita criatividade e empreendedorismo, sempre com nosso toque especial. Aprendi muito, seja com os catadores que conheci, com os recicladores, com os indígenas que são os verdadeiros mantenedores das florestas, com as pessoas simples, com os acadêmicos. Entre eles, uma pessoa me chamou a atenção: Anna Luísa, da SDW, ganhadora de um prêmio da ONU, inventora na área de água e saneamento, uma pessoa adorável, muito pouco conhecida se considerarmos seu talento. Não quero ser injusta com as outras pessoas que me inspiraram, então vamos colocá-la para representar todos os outros.
Com mais de 10 cursos on-line na minha bagagem até aquele momento, julho de 2023, comecei a pensar no que faria com o conhecimento que estava adquirindo, com as pessoas que estava conhecendo e com as quais estava me conectando e, a partir daí, continuando meus estudos até dezembro de 2023, pensei: por que não fazer um jornal? Um jornal com J maiúsculo, como dizemos no Brasil, onde haveria notícias de uma agência séria, e escolhi a AFP, de onde recebo notícias pertinentes aos assuntos por e-mail.
A partir deste mês de dezembro, em pouco mais de um mês o jornal estava no ar, ou seja, comecei a AGIR rápido, me preparei, e como se pode ver na foto, a primeira matéria do jornal foi escrita por mim e foi publicada no dia 19 de janeiro de 2024.
Dividi o jornal em três partes: notícias, artigos de colaboradores, sobre os quais falarei daqui a pouco, e entrevistas no Instagram.
As entrevistas tiveram uma pausa assim que aconteceu a tragédia no sul do Brasil, fiquei bastante abalada, mas ainda pretendo voltar. O tempo está absurdamente curto nesse momento.
Eu faço tudo sozinha, tenho um web designer que me ajuda só na parte técnica, mas sou eu quem recebe as notícias, decide se merece ser publicada, passo pelo corretor, traduzo para português e alemão, já que as notícias chegam em inglês, com erros gramaticais graves. Faço o layout e busco fotos e fontes. Publico no jornal, nas redes sociais, principalmente no LinkedIn. Faço todo o contato com as pessoas que querem se conectar, saber mais sobre o jornal, por exemplo, quantos funcionários... Ainda não decidi se isso é vergonhoso ou motivo de orgulho, apenas um. Decidi não decidir então, porque de certa forma, com o crescimento do jornal, tenho contratado pessoas, mesmo que temporárias, seja para artes especiais do Canva ou para me ajudar com redes sociais que eu não conheço nada. O lado bom: aprendi a delegar. É difícil para mim, e só delego para pessoas especiais que me entendem, que abraçam o tema e que são verdadeiras, diretas, sinceras e fofas.
Hoje comemoramos um ano de existência do jornal. Ainda não estamos com propaganda, porque não quero que nada “salte aos olhos”, nem atrapalhe a experiência de leitura, seja das notícias, seja das opiniões dos meus colaboradores, que são tão diversos, plurais, são catadores, indígenas, quilombolas, professores, biólogos, administradores, especialistas em ESG, engenheiros florestais, produtores agroflorestais, físicos, especialistas em catástrofes, ou seja uma representação do Brasil (tenho uma representante da Índia, dra. Prachi Jain), e quem quer que tenha algo a dizer que tenha a ver com nosso tema. Geralmente sobre as SDGs, ou sobre um tópico específico de sustentabilidade, ecologia ou mudança climática. Com eles, compartilho todos os méritos que o jornal começa a ter. Pessoas incríveis que escrevem para mim, gratuitamente, por amor ao tema e por acreditarem em meu trabalho. Sou eternamente grata.
Há outras pessoas importantes nesta caminhada. Meu marido, é claro, acredita em tudo o que “eu invento”, apesar de salientar que na minha idade eu já deveria estar tricotando suéteres para os netos, mas eu odeio fios, me enrosco neles e minha cabeça não consegue acompanhar meu corpo. Ela ainda não envelheceu, ainda quer aprender e ainda quer fazer algum tipo de diferença neste mundo. Minha filha, minha fiel companheira em todos os meus momentos, sempre comenta sobre isso. Obrigada, Bina.
Não posso deixar de agradecer aos meus amigos do ClubHouse, um site de mídia social de áudio, que me deram força desde a semente da ideia, muitos dos quais não tenho mais contato, mas especificamente o Márcio, a Tami, o Alceu e o Alan. Incríveis escudeiros da senhora louca que resolveu fundar um jornal. Abaixo as Fake News e a desinformação! Estamos todos fechados nessa direção!
Um ano de jornal, feito com coragem, com dinheiro do meu bolso para pagar a plataforma, profissionais, CANVA, afiliação, prêmio de mídia social, manutenção de domínio e todas as outras despesas.
Trabalho cerca de 9 horas todos os dias, mas não me arrependo nem um minuto. É um projeto de vida que eu gosto e está programado para durar 5 anos. Até lá, tenho muito a aprender e passar adiante. Nosso planeta, nossos animais, nós mesmos e nossos descendentes merecem muito mais, e espero estar dando um pouco do que posso, com muita ajuda dos meus parceiros, então vamos em frente! Temos mais 4 anos!
Aproveito a oportunidade para solicitar que qualquer empresa ou negócio interessado em ter seu banner em nosso jornal, artigos exclusivos ou qualquer tipo de colaboração entre em contato conosco. Doações também são bem-vindas e serão mencionadas no jornal.
Pré-requisito: amor pelo Planeta Terra e sua tripulação.
Editora-chefe
PS: Em breve, teremos novamente um podcast e entrevistas.
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